O Café do Fantasma Azul

sábado, 21 de novembro de 2015

2015 - Julho - Antologia Épicos Homéricos

Selecionada para Antologia de contos que trata do 

universo da Mitologia Grega, com o conto

" Depois do escárnio".

 Entre todas as aventuras de Odisseu no seu retorno à Ítaca, escolhi aquela em que o herói, já partindo da ilha dos Ciclopes,  no seu barco com a tripulação, zomba de Polifemo. Este, furioso, atira uma montanha ao mar, quase atingindo o barco de Odisseu. Pensei na consequência desse gesto de escárnio para os navegantes daqueles mares. Tal montanha obstrui um canal que leva à uma ilha onde existe um templo em homenagem à Hera. Tal ilha, à que dei o nome de Ogamos, recebe casais para a realização de seu casamento e para a lua-de-mel. Mas, como a ilha conseguirá prosperar, se uma montanha aparece no meio do caminho? A busca da solução para esse problema é o que trata o conto "Depois do Escárnio"
Figura fotografada do "Livro da Mitologia" de Thomas Bulfinch



2014 - Novembro - LOUCOS POR VIDEOGAME NAS AVENTURAS DO FOLCLORE

Em novembro de 2014, aconteceu o lançamento do meu livro, pela Editorial 25



 "Aposto que você não conhecerá ninguém mais louco por video games do que Gabriel, Pepe, Mariana e Leilinha! Eles são tão fanáticos por jogos eletrônicos que até um grupo de extraterrestres interessou-se por pesquisar como funciona a cabeça dos quatro amigos. Os ETs lançaram um desafio em dois níveis:

Primeiro nível: fazer uma pesquisa sobre ninguém mais, ninguém menos que o Curupira! Segundo nível: obter uma prova concreta de sua existência.

A turminha terá de vencer o desafio para ganhar um video game de eterna atualização - o sonho de qualquer jogador! Agora, se perderem... terão de ceder suas cabeças para o estudo dos ETs!

Pressione "start" e  comece a aventura!"

 Foi muito gostoso escrever esta história, que foi baseada na minha preocupação de mãe com o excesso de interesse do meu filho por jogos eletrônicos. 

Queria aproximar a tecnologia com o folclore, numa tentativa de integrar os conhecimentos.

A narrativa nasceu como Atena da cabeça de Zeus: inteira e pronta para a guerra!!


Mais detalhes: www.editorial25.com.br

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Histórias de Natal - XI Concurso de Contos



Divulgados os vencedores do XI Concurso Histórias de Natal

Foi um sucesso a festa de encerramento do XI Concurso Histórias de Natal!
Segue a classificação das três categorias, que foi divulgada no Palácio de Cristal em Petrópolis, numa festa cultural natalina.

Crianças: 
Primeiro lugar: Ryan Azevedo Aguiar (“A semente do Natal”)
Segundo lugar: Isabella Oliveira Bastos Dias (“Papai Noel ou Deus?’)
Terceiro lugar: Julia de Assunção Tomaz (“Um bom senhor que caiu do céu”) / Yago Menezes Jardim (“Um Natal especial”)
Quinto lugar: João Pedro Rodrigues Moreira dos Santos (“Natal e a alegria que brota da Fé”)

Jovens: 
Primeiro lugar: Gabriel Vítor Alves Silva (“O perdão que nasce da manjedoura”)
Segundo lugar: Helena Lopes Giachini (“O essencial”)
Terceiro lugar: Letícia Sousa de Andrade Silva (“O Natal e a alegria que brota da fé”)
Quarto lugar:  Catharina Deister (“O predileto de Deus”)
Quinto lugar: Isabella Geraldes (“A menina que não acreditava no Natal”)

Adultos: 
Primeiro lugar: Rodrigo Castellani (“Quando a luz brilha nas trevas”)
Segundo lugar: Claudia Cristina Guelfi Faga (“Se dois irmãos numa noite de Natal…”)
Terceiro lugar: David Moisés Barreto dos Santos (“A árvore dos bons frutos”) / Giordana Maria Bonifácio Medeiros (“O verdadeiro significado do Natal”)
Quinto lugar: Cassia Maria Flora Fávero (“O velho e o menino numa noite de Natal”)

http://www.historiasdenatal.com.br/divulgados-os-vencedores-do-xi-concurso-historias-de-natal-em-festa-cultural-natalina

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Concurso de Narrativas - Morro Reuter - RS

Aconteceu em outubro de 2013 o Concurso de Narrativas "A magia do circo histórias faz lembrar"

Obtive o 1º lugar, categoria Escritor, com o conto "O circo, eu, meu pai e minha mãe"


domingo, 3 de novembro de 2013

Poder e Melancolia

Hoje de manhã acordei cedo. Fui até o morro do Maluf ver o mar lá de cima. Encostei-me à mureta e tirei as sandálias. E então, ele me saudou furioso: jogava-se contra as pedras, gritava blasfêmias ao vento, bradava injúrias às poucas pessoas que o olhavam com espanto.



De onde vinha tanta força e resistência, tanto ir e vir de emoções? Das profundezas de seu ódio? Ou das entranhas de sua dor mais lancinante? Levantava-se enérgico no ar e espirrava seu rancor em ondas ao céu, qual baleia sufocada urgente emerge para respirar. As ondas jorravam nas alturas e estilhaçavam-se em cores e pingos de chuva que, ao descerem raivosas, avolumavam-se e voltavam a lavar as pedras, a mureta, as almas.



Que revolta do mundo! Oh! Véu d’água a debelar-se em tão premente movimento – infinito e hipnótico. Destoava sua irritação branca e ressentida do azul calmo do céu, da hesitação das criancinhas a pisar nas areias molhadas, da paz destemida das gentes que seguiam pela praia, alheias às turbulentas águas, à tão melancólico sentimento. Até a mim que pairava no tempo parada à mureta seu poder e mágoa assustaram.



O embalo constante das altas ondas me notou ali. Pressentiu o medo, a fragilidade e a solidão. Então, o mar revolveu-se mais uma vez e me enviou espumas e respingos que alcançaram meus olhos como um convite para sua dança de morte.



Depressa afastei-me da mureta e vesti as sandálias. Saí de sua triste e poderosa presença sem lançar-lhe um olhar de despedida.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Livro de Graça na Praça - 22 de setembro de 2013 *

Uma ação coletiva em benefício do indivíduo

 

O que aconteceu ali,
Assim que surgiu o Sol
No céu de Belo Horizonte?
Uma praça cheia de gente
Por um livro de graça.


Quem organizou essa festa?
Alguém que se preocupou,
Que plantou sonhos e
Colheu – na Liberdade –
A liberdade de realizar.

E para lá foram as Marias 
e seus adjuntos
A Thaís com “h”
A Michelle com dois “l's”
A Gracelinda, 
mesmo nome da avó,
O Roberto, pai da Roberta,
O de nome difícil de escrever,
Por isso o cartãozinho.
E a mais simples Sofia.
Aliás, a sabedoria é simples
E se dá de graça para quem a busca
Com coragem e verdade.


A fila que se formou não era por
Comida, por bolsa-whatever,
Por senha do INSS,
Mas por um livro carregado
De sementes de letras e ideias
De realidade e fantasia
De Saber e Graça – alimentos
Indispensáveis ao espírito livre!

* Mais de vinte mil livros foram distribuídos no projeto Livro de Graça na Praça, idealizado por José Mauro Lourenço da Costa. 
O Livro, cujo o título "O começo e o Fim" foi também tema do concurso, teve a participação de vinte e quatro autores, dentre eles, os três vencedores do Concurso Literário do Sistema Fecomércio Minas, Sesc Minas, Senac Minas "Livro de Graça na Praça - 2013, que foram: Cláudia Cristina Guelfi Faga, com o conto "E o meio? Eles não sabem que o meio é fundamental no conto e no sanduíche?"; Fabiano A. Salim, com o conto "O Visitante" e Éder Rodrigues da Silva, com o conto "Poslúdio para acalentar o último poente".

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Impressionismo

Centro da cidade de São Paulo. Poderia descrever cada coisa enquanto caminho até a escola de cabeleireiros, e fazer como um pintor que joga cores numa tela e diz que aquele caos incompreensível é arte.

Subo três lances de escada rolante no metrô República. E topo com panfletos de promoções, de celular, de maquiagem. Outros pedem esmolas, e outros dormem enrolados em cobertores. Esses dormem durante o dia, no sol de rachar, sem saber que tantos outros andam de um lado para outro, atravessam a rua, cruzam com passos apressados diferentes caminhos, sem tropeçar no pavimento estraçalhado pelo uso incessante dos transeuntes que estão acordados. 

Como tem gente naquele trecho até a Rio Branco! Às vezes acho que toda São Paulo se reune todos os dias ali. Para onde vão aquelas pessoas de todas as tribos e cores, tamanhos e níveis, larguras e velocidades? Não sei. Os Beatles já se perguntaram também. E acho que a resposta não interessa tanto. O que interessa é o movimento da massa informe, indo e vindo, como se uma batedeira invisível jogasse-nos de um lado a outro, sempre e outra vez. 

Uma buzina, um cigarro atirado no chão, a seta do carro, o arranque do ônibus, o guarda de trânsito que auxilia um passante, o cuspe no chão, a conversa atrás de você. Nada destoa do caos que se apresenta, regado a cheiros podres, ventos frios de dentro dos prédios duvidosos, sujeiras que andam juntas, acompanhando os passos incertos das pessoas todas daquele trecho de avenida.

Tem gente que vê nisso poesia. Eu tenho nojo. Aquela mulher com placa de "vendo ouro" traz o banquinho e se senta, todos os dias, naquele lugar, bem no meio do meu caminho. Eu tenho que desviar. Dou uma olhada no fundo da rua. Lá tem o Teatro Municipal. Um dia vou querer conhecer os túneis que disseram haver ali. Mas sei que não vou nunca achar uma brecha no tempo para isso.

Eu também corro de lá para cá sem parar. Eu também esbarro meu braço molhado, cruzo minha cara amarrada, nos braços e caras de outras pessoas. Eu também me pergunto para onde estou indo, por que faço tudo o que faço. E mudo meus olhos para a árvore centenária no meio da Praça da República. Ela é linda, frondosa, sobretudo, silenciosa. Ela fica ali a embelezar, a testemunhar o caos, a me salvar do nojo da minha existência e das perguntas que faço e que sei que nunca vão ter resposta.